Presente na realidade econômica
brasileira desde 2009, o Microempreendedor Individual (MEI) prefere
registrar os custos da empresa em papel, ainda vende fiado,
mas também começa a aceitar cartão como forma de pagamento. O comportamento
de gestão financeira do MEI foi alvo de
pesquisa inédita realizada pelo SEBRAE.
O levantamento mostrou que 77%
dos empreendedores autônomos,
que faturam até R$ 81 mil por ano, nunca fizeram um curso ou treinamento
em finanças. A amostragem revelou que, no momento atual, mais de
50% dos pequenos empresários estão satisfeitos com o resultado financeiro de
seus negócios.
Os números apresentados pela
pesquisa, que ouviu mil pessoas entre os dias 14 e 26 de abril/2018, revelam
que o caderno ainda é o meio preferido dos MEI para registrar
seus gastos. Eles somam 50% do total, enquanto 21% já passaram para a era do
computador. Este percentual é mais acentuado entre os jovens de até 24 anos,
que aderiram mais facilmente aos meios digitais. Além disso, vender fiado ainda
é realidade para quatro em cada 10 microempreendedores individuais. Para 44%
deles, o cartão é aceito como forma de pagamento.
O controle das finanças passa
pela gestão empresarial do MEI. De acordo com a pesquisa, 66% dos entrevistados
conseguem manter os pagamentos de todos os custos da empresa em dia, enquanto
que 34% enfrentam dificuldades em acertar as contas. Mesmo assim, 60% dos
empreendedores entrevistados guardam diariamente comprovante de seus gastos.
Outros 48% não fazem previsão de
gastos e 39% não registram todas as receitas para fazer o controle das entradas
de dinheiro, enquanto 34% não costuma acompanhar o saldo de caixa ou o faz no
máximo uma vez mensalmente.
O MEI costuma pesquisar na hora
de comprar. A cada 10 empreendedores, oito fazem cotação de preços. Além disso,
70% costumam pedir descontos na hora de comprar algum produto ou contratar
serviços. Além disso, apesar das novas formas de pagamento, 91% dos empresários
aceitam dinheiro vivo em suas transações, enquanto que 44% usam os cartões de
débito e crédito e 40% utilizam depósitos bancários e só 29% recebem cheques.
A pesquisa do SEBRAE também verificou a
percepção dos empreendedores como MEI. Para 67% dos empresários, trabalhar como
MEI ajudou a enfrentar a crise financeira e 82% afirmam que se tornar MEI
melhorou a vida. Nove em cada dez concordam que a criação da figura jurídica
foi uma boa política governamental.
Mais uma dica, pra você que
acredita nessa ideia de empreender!
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