“O que é o Terceiro Setor?”
Para entendermos melhor o
Terceiro Setor, precisamos imaginar o Brasil dividido em dois setores, sendo o
Primeiro o Governo, responsável pela prestação de serviços sociais previstos na
Constituição Federal, como acesso a saúde, educação e segurança. O segundo a
iniciativa privada, onde são empresas que visam ao lucro. Com apenas esses dois
setores, onde ficariam as pessoas que possuem um pensamento e necessidades
diferentes?
Foi com essa iniciativa que
foi criado o terceiro setor, onde são grupos de cidadãos que se juntam para uma
melhoria da sociedade e interesses comuns entre eles.
O Brasil tinha 237 mil
Fundações Privadas e Associações sem Fins Lucrativos (Fasfil) atuando no País
no ano de 2016, segundo levantamento divulgado nesta sexta-feira, 5, pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número de fundações e
associações sem fins lucrativos recuou 14% em relação a 2013. A queda foi maior
ante o primeiro levantamento, realizado em 2010: -16,5%.
O total de pessoas trabalhando
nessas organizações, porém, cresceu 11,7% entre 2010 e 2016. Os principais
aumentos no total de ocupados ocorreram nos grupos: Saúde (25,5%), Religião
(23,9%) e Desenvolvimento e defesa de direitos (11,4%).
Os dados sobre as chamadas
Fasfil foram obtidos através do Cadastro Central de Empresas (Cempre). De
acordo com o levantamento, os trabalhadores das fundações e associações
ganhavam, em média, o equivalente a três salários mínimos por mês em 2016. A
massa salarial totalizou R$ 80,3 bilhões, uma média de R$ 2.653,33 por pessoa
por mês, a mesma remuneração média observada para o universo de todas as
empresas cadastradas no Cempre.
As mulheres eram 66,0% do
total de assalariados nas organizações sem fins lucrativos, porcentual superior
ao observado no Cempre, onde elas representavam 44,0% dos empregados. No
entanto elas recebiam 24% menos que os homens.
A região Sudeste concentrava
quase metade (48,3%) das organizações sem fins lucrativos em 2016. As demais
estavam distribuídas em maior número no Sul (22,2%) e no Nordeste (18,8%). As
regiões Norte (3,9%) e Centro-Oeste (6,8%) detinham os menores porcentuais.
Os grupos com mais entidades
ativas no ano de 2016 foram Religião (com 35,1% de todas as fundações e
associações sem fins lucrativos), Cultura e recreação (13,6%), Desenvolvimento
e defesa de direitos (12,8%), Associações patronais e profissionais (12,2%) e
Assistência social (10,2%).
Em 2016, 64,5% dessas
instituições, o equivalente a 152,9 mil entidades em atividade, não possuíam
sequer um empregado assalariado, provavelmente, apoiando-se em trabalho
voluntário e prestação de serviços autônomos, justificou o IBGE.
As instituições sem empregados
assalariados eram mais comuns no grupo Religião, onde 37,5% das entidades não
tinham funcionários. Por outro lado, as organizações que mais empregavam eram
da área da Saúde, respondendo por 35,7% do pessoal ocupado, seguidas pelo
segmento de Educação e pesquisa, com 28,6%.
Uma pequena fatia de 1,6% das
organizações sem fins lucrativos tinha mais de 100 empregados em 2016, onde
estavam concentradas 1,5 milhão de pessoas, 64,7% do total de assalariados
existentes em todas as entidades sem fins lucrativos.
Fonte IBGE
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